...
Declaro para os devidos finsQue tenho 4 pensamentos obscenos agora
E cruzo o cabelo da tarde com eles
Abaixo da língua.
Declaro um pouco de escuridão
E nadando uma flor na algibeira.
Declaro um silêncio nos olhos
E a tinta da aurora roubada
Numa esquina de Roma, e suas pedras.
Declaro um verso colhido numa fonte
Na alta Chamois, derretendo-se.
Declaro para os devidos fins
Que se fizerem necessários aqui e agora
Que sou nas coisas perenes
Traficante do invisível.
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