segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

...

Declaro para os devidos fins
Que tenho 4 pensamentos obscenos agora
E cruzo o cabelo da tarde com eles
Abaixo da língua.

Declaro um pouco de escuridão
E nadando uma flor na algibeira.

Declaro um silêncio nos olhos
E a tinta da aurora roubada
Numa esquina de Roma, e suas pedras.

Declaro um verso colhido numa fonte
Na alta Chamois, derretendo-se.

Declaro para os devidos fins
Que se fizerem necessários aqui e agora
Que sou nas coisas perenes
Traficante do invisível.

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